Resoluções comentadas dos exercícios de vestibulares sobre Dinâmica Impulsiva

Resoluções comentadas dos exercícios de vestibulares sobre

Dinâmica Impulsiva

01- Alguns automóveis dispõe de um eficiente sistema  de proteção para o motorista, que consiste de uma bolsa inflável de ar (air-bag).

Essa bolsa é automaticamente inflada quando o automóvel sofre uma desaceleração súbita, de modo que a cabeça e o tórax do motorista, em vez de colidirem com o volante, colidem com a bolsa.

Veja pela expressão F.Δt = m.ΔV, onde foram igualados o Impulso I=F.∆t com o momentum (quantidade de movimento), que m e ΔV são constantes (mesmo motorista e mesma variação de velocidade) e assim, teremos:

F.Δt=constante, portanto se você aumentar o intervalo de tempo do choque, estará diminuindo a intensidade da força máxima que o motorista troca com o volante.

Assim, a bolsa aumenta o intervalo de tempo da desaceleração da cabeça do motorista, diminuindo, portanto, a força máxima que atua sobre a cabeça e o tórax  —  R- A.

02- “ O impulso da força resultante de um sistema de forças que age sobre um corpo é igual à variação da quantidade de movimento do corpo”

 

Unidades no SI:

Impulso – newton vezes segundo (N.s)

Quantidade de movimento – quilograma vezes metro por segundo (kg.m/s)

A relação  é uma relação vetorial.

 A quantidade de movimento também é chamada de momentum ou momento.

 F.Δt=mΔV  —  F.0,01=0,12.(6)  —  F=0,72/0,01  —  F=72N  R- D

03- Pássaro- antes Vi=0 e depois ele adquire a mesma velocidade que o avião Vf=900/3,6=250m/s  —  F.Δt=m(Vf – Vi)  — F.0,001=2.(250 – 0)  —  F=500/0,001  — F=500.000N ou F=5,0.105N 

04- Observe a figura abaixo:

P=mg=10m  —  F=60.p=60.10m  —  F=600m  —  F.Δt=m(Vf – Vi)  —  600m.0,2=m(+3V1) – (-V1)  —  120=3V1 + V1  — 

V1=120/4  —  V1=30m/s 

R- C

05-1- Verdadeira – quando ele deixa o degrau, está em queda livre e, nesse caso, a força resultante sobre ele é seu peso e a variação do seu momento linear (quantidade de movimento) é I=P.Δt=mΔV=ΔQ.

2 Verdadeira – cálculo da velocidade com que ele chega ao solo – queda livre com Vo=0 – Torricelli – V2 =Vo2 + 2.g.ΔS  —  V2 =02 + 2.10.0,5  —  V=10 m/s – velocidade com que chega ao solo  —  durante o choque com o solo sua velocidade varia de 10 m/s a zero e o módulo dessa variação éΔV=10 m/s enquanto que sua altura diminui de ΔS=3cm=0,03m , numa desaceleração a de  —  V2 =Vo2 +2.(-a). ΔS  —  02=(10)2 -2.a 0,03  —  a=500/3 m/s2  —  força que ele troca com o solo e que produz essa desaceleração  —  F=m.a=70.500/3  —  F»11.667N  —  peso correspondente à massa de 1ton=1.000kg – P=1.000X10 – P=10.000N  —  portanto – F>P

3- Verdadeira – é a força de contato, que os pés trocam com o solo.

4- Verdadeira – (veja teoria)

 

06- Dados  —   m = 0,8 kg  — vo = 93,6 km/h = 26 m/s  —   v = 280,8 km/h = 78 m/s  —  o enunciado afirma que antes da colisão a velocidade relativa entre a mola e o capacete é VR=78 – 26=52m/s, e no instante após a colisão a velocidade relativa é nula  —  assim, a quantidade de movimento da mola após a colisão em relação ao capacete é nula  —  I=ΔQ  —  F.Δt=mΔV  —  F.Δt=m.(V – Vo)  —  F.0,026=0,8.(52 – 0)  —  F=1.600N

R- B

07- Sendo a velocidade uma grandeza vetorial, vamos orientá-la como, por exemplo, para a direita positiva e para a esquerda, negativa e vamos supor que, após o choque, ambos os fragmentos se movam para a direita  —  Qa (antes da explosão)  —  Qa=mV=m.10  — Qa=10m  —  Qd (depois da explosão)  —  Qd=(m/2)V2 + (m/2)V1  — Qd=(mV2 + mV1)/2  —  Qa = Qd  —  10m=(mV2 + mV1)/2  —  V2 + V1=20 m/s  —  com a trajetória orientada para a direita, a soma algébrica das duas velocidades deve ser 20.(01) +15 -5=10m/s (falsa)  —  (02) +20 + 0=20m/s (verdadeira)  —  (04) +30 -10=20m/s (verdadeira)  —  (08) +25 + 0=25m/s (falsa)  —  (16) +25 – 5=20m/s (verdadeira)  —  (32) +10 + 0=10m/s (falsa)  —  (64) +50 – 30=20m/s (verdadeira)  — 

Soma (02 + 04 + 16 + 64) = 86

08- O pescador deve correr para B, a fim de que a força que seus pés exercem sobre a jangada a

acelere no sentido B para A, fazendo com que ela se afaste da trajetória do torpedo.

09- Trata-se de um sistema mecanicamente isolado, pois apenas forças internas provocam variações de velocidades  —  assim, ocorre conservação da quantidade de movimento do sistema  —  como se trata de uma grandeza vetorial, as partículas  e devem ter velocidades de sentidos e de mesmo módulo, uma vez que as massas são iguais  —  essas velocidades também devem se anular, pois como a quantidade de movimento inicial é nula, a final também deverá ser nula  —  R- A

10-  Antes  —  Qa=m.vo 

Depois – Qo=m/3.3vo=m.vo – Q1=m/6.v1 – Q2=m/2.v2

a) Como a quantidade de movimento () antes da explosão é horizontal e para a direita, a quantidade de movimento de movimento () depois da explosão também deverá ser horizontal e para a direita. Assim,  e  devem se anular, ou seja  —  Qo=Q2  —  m.vo=m/2.v2  —  v2=2.vo

b) Como os vetores verticais se anulam,  deve ser igual a , ou seja,  —  m.vo=m/6.v1  —  v1=6.vo   

c) Considerando a energia mecânica como sendo apenas a cinética  —  antes –Ema=m.vo2/2  — depois  —  Emd=m/3.(3vo)2/2 + m/6.(6vo)2/2 + m/2.(2vo)2/2  — Emd=11m.vo2/2  —  Emd>Ema – aumenta

11-

 

e=Vrdepois/Vrantes  —  1=(V’b + 10)/(20 – 10)  —  10=V’b + 10  —  V’b=0

12- a) Como a perda de energia cinética é máxima, o choque é inelástico  —  Qa=m1V1 + m2V2=4.3 + 0  —  Qa=12kg.m/s  —  Qd=(m1 + m2).V’=(4 + 2).V’  —  Qd=6V’  —  Qa=Qd  —  12=6V’  —  V’=2m/s

b) Eca=m1V12/2 + m2V22/2=4.9/2 + 0  —  Eca=18J  —  Ecd=m1V’2/2 + m2V’2/2=4.4/2 + 2.4/2  —  Ecd=12J  —  ΔEc=18 – 12 = 6j

Calcule a modificação na velocidade do cometa e faça um comentário sobre a alegação da astróloga russa. 

 

13- dágua=1kg/L=1kg/10-3m3  —  dágua=103kg/m3  —  Vc=5.103.5.103.10.103  —  Vc=25.1010m3  —  dágua=Mc/Vc  —  103=Mc/25.1010  —  Mc=25.1013kg  —  Mn=100kg   —  antes – Vc=10km/s  —  Vn=0  —  Qa=McVc + MnVn=25.1013.10 + 0  —  Qa=25.1014kg.m/s  choque inelástico – movem se juntos com velocidade V’  —  Qd=(Mc + Mn)V’=(25.1013 + 100)V’  —  como 100kg é desprezível em relação a 25.1013kg  —  Qd=25.1013 V’  —  Qa=Qd  —  25.1014=25.1013 V’  —  V’=10km/s (observe que a velocidade do cometa, após o choque com a nave praticamentenão sofreu alteração e a astróloga russa estava errada, pois essa alteração é muito pequena e não afeta o equilíbrio do Sistema Solar).

14- mca=3mc  —  antes  — Qa=mcVc  —  Qca=mca.Vca=3mca.10   —  Qca=30mc  —   (veja figura) 

—  aplicando sen45o=cateto oposto/hipotenusa  —  sen45o=Qca/Qc  —  √2/2=30mc/mcVc  —  Vc=60/√2 ≈60/1,4≈43m/s X 3,6 ≈145km/h – a declaração é falsa, pois a velocidade do carro era aproximadamente de 145km/h

 

15- Esquematizando a situação e supondo que após o choque, eles se movam para a direita. Aplicando o teorema da conservação da quantidade de movimento, supondo velocidades positivas para a direita e negativas para a esquerda  —  Qa=Qd  —  mN.VN + mM.VM = mN.VN’ + mM.VM’  —  13.(-3) + 15.(5) = 13.VN’ + 15.VM’  —  -39 +75 = 13.VN’ + 15.VM’  —  13.VN’ + 15.VM’=36 I   —  aplicando a expressão do coeficiente de restituição – e=Vrdepois/Vrantes  —  3/4 = (VN’ – VM’)/(5 + 3)  —  VN – VM’=6 II  —  resolvendo o sistema composto por I e II  —  VN’=4,5m/s (para a direita) e VM’= -1,5m/s (para a esquerda).

16- a) Durante o choque eles trocam forças que obedecem ao Princípio da Ação e Reação, pois trocam forças que tem a mesma intensidade, mesma direção, mas sentidos contrários. Como essas forças tem a mesma intensidade, FA=FB e FA/FB=1

b) Qa=Qd  —  mA.(10) + mB.(-6) = mA.(-3) + mB(9)  —  13mA=15mB  —  mA/mB=15/13

c) e=Vrdepois/Vrantes= (3 + 9)/(10 + 6)  —  e=3/4

 

17- O choque que ocorre na posição 1 é parcialmente elástico, pois não é elástico (do enunciado) e nem inelástico (não se movem juntas após o choque)  —  adotando o sentido horário como positivo  –

— Qa=mAVA + mBVB=3mBVo – mBVo  —  Qa=2mBVo  —  Qd=3mBV + mBVo  —  Qa=Qd  —  2mBVo=3mBV + mBVo  —  VA=Vo/3  VB=3VA=3Vo  —  equação de cada bola  —  SA=VA.t=Vo.t  —  SB=VB.t=3Vo.t

Supondo que o encontro seja no instante t e no ponto P.

Nesse instante, a bola A está na posição Se percorreu essa distância (SA) enquanto que a bola B deu uma volta completa (2R)  e percorreu mais (SA) até o encontro  —  (SA) + (2R) =SB  —  Vo.t  + 2R=3Vo.t  —  t=R/Vo I  —  substituindo I em  SA=Vo.t=Vo.R/Vo  —  S=R (percorreu meia circunferência a partir do ponto 1) ou SB=3Vo.t=3Vo.R/Vo  —  SB=3R (percorreu uma circunferência e meia a partir do ponto 1) – R- B

18- Como os caixotes tem a mesma massa, e os choques são perfeitamente elásticos, em todos os choques eles trocam ou conservam suas velocidades

Observe que após o 3o choque, VA=0 e VB=V R- E

 

19- Colisão perfeitamente elástica de A com B e eles não trocam suas velocidades, pois suas massas são diferentes

Qa=Qd  —  2.(10) + 1.(0) = 2VA +  1VB  —  2VA + VB=20 I  —  e=Vrdepois/Vrantes  —  1=(VB-VA)/10  —  VB – VA=10 II  —  resolvendo I com II  —  VA=10/3m/s e VB=40/3m/s

B se desloca até a parede, onde chega com velocidade de 40/3m/s (não existe atrito) e retorna com a mesma velocidade (choque perfeitamente elástico).

Trata-se de um encontro de dois móveis em MRU com o referencial (origem da trajetória em A) de equações  —  S= So + VAt  —  S= 0 + 10/3.t  —   S= 10/3.t  —   SB= So + VB.t= 4 + (-40/3).t  —  SB= 4 – 40/3.t  —  no encontro – AS=SB  —  10/3.t = 4 – 40/3.t  —  t=6,25s (tempo do encontro)  —  SA=10/3.t=10/3.6/25  —    SA=0,8m (distância que A percorreu enquanto B voltava)  —  como B foi e voltou, A percorreu  —  ΔS=0,8 (ida) + 0,8 (volta)  —  ΔS=1,6m  R- D

20- A previsão de Pedro é correta, pois a quantidade de movimento do sistema sempre se conserva, ou seja, .

21- O vetor quantidade de movimento antes do choque tem direção horizontal e sentido para a direita. Como , e o choque é elástico, a única alternativa que satisfaz é a C, cuja soma vetorial também tem direção horizontal e sentido para a direita e, como o choque é elástico e as bolas idênticas, a bola 1 tem que parar.

22-

1. Sendo os atritos desprezíveis e considerando o sistema conservativo você pode utilizar o teorema da conservação da energia mecânica.

A. Energia mecânica no ponto M onde VM=0 e h=1,35m   —  EM=EcM + EpM   —  EM=mVM2/2 + m.g.h=m.02/2 + m.10.1,25  —  EM=0 + 12,5m  —  EM=12,5m  —  energia mecânica no ponto N onde h=0 e VN=?  —  EN=EcN + EpN   —

–  EN=mVN2/2 + m.g.h=m.VN2/2 + m.10.0  —  EN=mVN2/2 + 0  —  EN=mVN2/2  —  pelo teorema da conservação da energia mecânica  — EM=EN  —  12,5m = mVN2/2  —  VN=√25  —  VN=5m/s.

B. Energia mecânica no ponto P onde VP=? e h=0   —  EP=EcP + EpP   —  EM=mVP2/2 + m.g.h=m.VP2/2 + m.10.0  —  EP=mVP2/2  — energia mecânica no ponto Q onde h=0,8m e VQ=0  —  EQ=EcQ + EpQ   —  EQ=mVQ2/2 + m.g.h  — EQ=m.02/2 + m.10.0,8  —  EQ= 0 + 8m  —  EQ=8m  —  pelo teorema da conservação da energia mecânica  —  EP=EQ  

mVP2/2 = 8m  —  VP=√16  —  VP=4m/s.

2. Cálculo do coeficiente de restituição na primeira colisão com o solo onde a velocidade antes da colisão é Va=5m/s e a velocidade depois da colisão é Vd=4m/s  —  pelo enunciado e=Vd/Va=4/5  —  e=0,8  —  na segunda colisão a velocidade com que ela sai do solo e atinge a altura de h=0,8m é a mesma com que ela chega ao solo a partir dessa altura  —  V’a=4m/s  —  ela abandona o solo com V’b=?  —  usando novamente o coeficiente de restituição e=0,8  —

e=V’d/V’a  —  0,8=V’d/4  —  V’d=3,2m/s.

3.  Cálculo das quantidades de movimento da bolinha 1 antes e depois da primeira colisão, orientando, a partir do solo a trajetória para cima  — Q1antes=m.(-VN)=m.(-5)= – 5m  —

–  Q1depois=m.(+VP)=m.4=4m  —  somando vetorialmente  —  Q1= 4m – (-5m)  —  Q1=9m=∆Q1  —  analogamente, calculando as quantidades de movimento da bolinha 2 antes e depois da colisão e, como ela foi abandonada da mesma altura que a bolinha 1 ela chega ao solo com a mesma velocidade de V2antes=5m/s e pára V2depois=0  —  orientando, a partir do solo a trajetória para cima  —  Q2antes=m.(-V2antes)=m.(-5)= – 5m  —  Q2depois=m.0=0 —  somando-os vetorialmente você obterá  —  Q2=0 – (-5m)  —  Q2=5m=∆Q2  —  pelo teorema do impulso  —  I=∆Q=F.∆t  —  F= ∆Q/∆t  —  F1=∆Q1/∆t  —  F1=9m//∆t  —  F2=5m//∆t  —  sendo o intervalo de tempo das colisões os mesmos  —  F1 > F2.

23- Quantidade de movimento de cada grupo de 3 alunos de massa m com velocidade de 5m/s  —  Q=Mv=3m5=15m  — quantidade de movimento do quarto grupo com 6 alunos e com velocidade V  —  Q’=6mV  —  a velocidade V, em módulo, desse grupo de 6 alunos para satisfazer a coreografia do professor, deve ser tal que a quantidade de movimento total (grandeza vetorial) deve ser nula  —  para que isso ocorra (veja figura) Q’ = Q  —  6mV = 15m  —  V=2,5m/s  —

R- D.

 

 

 

 

 

Voltar para os exercícios