Aplicações das leis de Newton com atrito – Resolução
Resolução Comentada
Aplicações das leis de Newton com atrito
01- A velocidade do surfista se torna constante a partir de t=10s quando y≈330m (do enunciado e do gráfico) — a partir daí, ele percorre ∆S≈535- 330=205m, num intervalo de tempo ∆t=14 – 10=4s — nesse intervalo de tempo, sua velocidade é constante e
vale — V= ∆S/∆t =205/4 — V ≈ 51,25 m/s (velocidade com que ele chega ao solo, que é a velocidade limite) — do enunciado a força de resistência do ar é fornecida pela expressão — R=K.V2 — quando ele atinge a velocidade limite, ele deixa de acelerar e, nesse instante, sua velocidade se torna constante sendo que a condição para que isso ocorra é que as intensidades da força de resistência do ar (vertical e para cima) se iguale à intensidade da força peso (vertical e para baixo) —R=P=m.g=75.10=750N — 750=K.(50)2 — K=0,3Ns2/m2 — R- A
02- As membranas interdigitais das patas funcionam como pára-quedas aumentando a força de resistência do ar (devido ao aumento da área de contato com o ar) — chega um momento em que a intensidade da força de resistência do ar fica igual à intensidade da força peso e ele entra em equilíbrio dinâmico (força resultante nula ) e sua velocidade vertical, nesse instante, é chamada velocidade terminal ou velocidade limite — essa velocidade permanece constante até ele chegar ao solo — R- A
03- Nas figuras abaixo Pp é a intensidade da parcela do peso que é responsável pela tendência de descida do bloco e Fat é a intensidade da força de atrito — como Pp=Psen30o e Fat=μPcos30o eles são os mesmos nas duas situações (fig.1 e fig. 2).
Figura 1 — Pp=mgsen30o=5.10.0,5 — Pp=25N — comparando V=Vo + a.t com V=2,0.t, você conclui que Vo=0 e a=2m/s2
Aplicando a lei fundamental da dinâmica com a aceleração para baixo — FR=m.a — (Pp –F – Fat)=ma — 25 – F – Fat=5.2 — F + Fat=15 (I) — figura 2 — Pp=25N — comparando V=Vo + a’t com V=3,0.t você conclui que Vo=0 e a’=3m/s2.
Aplicando a segunda lei da dinâmica com a aceleração para baixo — FR=ma’ — (25 + F – Fat)=5.3 — F = Fat – 10 (II) — substituindo (II) em (I) — Fat – 10 + Fat =15 — 2Fat=25 — Fat=12,5N — F + Fat=15 — F + 12,5=15 — F= 2,5N — Fat=μmgcos30o — 12,5=.μ5.10.√3/2 — μ=12,5/25√3 — μ=1/2√3 — μ≈0,29 — R- C
04- A intensidade da força de atrito estático entre as caixa e a carroceria vale Fate=μN — Fate=μP — Fate=μmg — Fate=0,1.500.10 — Fate=500N (acima desse valor as caixas se movem).
No movimento acelerado — V=Vo + a.t — 30=0 + a.20 — a=1,5m/s2 — FR=m.a — FR=500.1,5 — FR=750N ( como FR>Fate, as caixas se movem para trás e ficam juntas na parte traseira do caminhão).
No movimento uniforme, elas estão em equilíbrio dinâmico e FR=0. Assim, elas não se movem e ficam juntas na parte traseira.
No movimento retardado — V=Vo + a.t — 0=30 – a.40 — a=3/4m/s2 — FR=m.a — FR=500.3/4 — FR=375N (menor que 500N, portanto elas não se movem e ficam na parte traseira do caminhão) — R- A
05- A força de atrito devido aos pneus independe da largura (área de contato dos mesmos com o solo) — o aerofólio, que funciona como uma asa de avião invertida, comprime o carro contra o solo aumentando a intensidade da força normal que o carro troca com o solo, aumentando assim a intensidade da força de atrito, pois Fat=μN — R- C
Observação: Além do aerofólio, o formato do carro também influi na compressão do carro contra o solo (veja figura), aumentando
ainda mais a força de atrito fazendo com que o carro efetue curvas com velocidades maiores.
06- No equilíbrio estático o corpo está na iminência de movimento — a força de atrito estático é
dada por Fate=μeN, e se equilibra com o peso P, ou seja, Fate=P — na situação do exercício, a força normal N é tal que N = F — assim, μeN = P — μeF=P — μe = P/F — o fato de μe < 1 implica que P/F<1 — 0 < P < F — R- A
07- Colocando todas as forças que se relacionam com a pessoa, a parede e o solo.
F1 e F2 — forças trocadas entre a pessoa e a parede de intensidade 120N — F3 e F4 — forças de atrito trocadas entre os pés da pessoa e o solo — F5 — peso da pessoa trocada com o centro da Terra — F6, força normal que a pessoa troca com o solo.
Como a pessoa está em repouso, a força resultante sobre ela é nula e as forças verticais e horizontais se anulam — R- D
08- Como Fat=μN, e como μ é constante, a força de atrito é diretamente proporcional à intensidade da força normal (trocada entre a caixa e o solo) — quanto menor N, menor será as força que a caixa troca com o solo, tornando-a mais “leve” e consequentemente menor a força de atrito — das alternativas, a única força capaz de diminuir a força de compressão N da caixa com o chão é a C — R- C
09- Colocando as forças e decompondo em e
P=mg=42.10 — P=420N — FX=Fcos60o=F.0,5 — FX=0,5F — FY=Fsen60o=F.√3/2 — FY=0,85F.
No equilíbrio estático temos, na horizontal Fat=FX e na vertical, P=N + FY — N=P – FY — Fat=FX — μN=0,5F — μ(P – FY)=0,5F — 0,4(420 – 0,85F)=0,5F — 168 – 0,34F=0,5F — 0,84F=168 — F=200N (qualquer valor acima de 200N desloca o bloco) — R- C
10- Vamos chamar de L’, comprimento total do pano e de L’ – L o comprimento da parte pendente — como o pano é de constituição homogênea, sua densidade é a mesma.
d=mt/Vt — d (densidade) – mt (massa total) – Vt (volume total) — mt=d.Vt — mt=d.(A.L’), sendo A (área se seção transversal, espessura do pano) e L’ (comprimento total do pano) — massa apoiada
– ma=d.A.L e massa pendente – mp=d.A.(L’ – L) —
– peso da parte pendente — P=mpg (mp, massa da parte pendente) — a força de atrito entre o pano de comprimento L e a mesa está segurando o peso da parte pendente de comprimento (L’ – L), ou seja, Fat=P — μmag= mpg — μ.d.A.L.g=d.A.(L’ – L).g — 0,5.L=(60 – L) — 1,5L=60 — L=40cm — R- A
11- A força de atrito pode servir como força motora no deslocamento de um veículo — observe a
figura — se você quiser acelerar o carro para a esquerda, o motor do mesmo deve fazer o eixo e consequentemente a roda girar no sentido anti-horário — o pneu empurra o solo para trás () e o solo reage sobre o pneu e consequentemente sobre o carro (), movendo-o para a esquerda —
em rodas com tração a força de atrito sobre o móvel é a favor do movimento e, em rodas sem tração, é contrária ao movimento — R- B
12- Dados: m = 120 kg; g = 10 m/s2; m = 0,8; F/A= 30 N/cm2; N = P = 1.200 N — para colocar a caixa em movimento o operador tem que vencer a força de atrito — Foperário = Fat = μN=0,8 (1.200) = 960 N — como ele está usando os dois braços, cada braço aplica então — F = Foperário/2=480 N — F/A=30 — 480/A=30 — A=16cm2 — uma das proteínas responsáveis pela contração das miofibrilas é a actina — R- A
13- Dados — g = 10 m/s2 — μe = 0,60 — μc = 0,80 — m = 1.200 kg — força que a pista exerce no veículo tem duas componentes — normal e atrito — supondo que a frenagem ocorra em pista horizontal, a componente normal da força que a pista aplica no veículo tem intensidade igual à do seu peso — N = P = m g = 12.000 N — componente de atrito estático máxima — Fatmax= μeN = 0,8 (12.000) — Fatmax = 9.600 N — a componente de atrito cinético: Fatc = μc N = 0,6. (12.000) — Fatc = 7.200 N — R- D
Observações: As figuras abaixo ilustram algumas das utilidades dos freios ABS
14- A força de tração que a corda aplica nas mãos da garota é a força que está puxando-as para a esquerda — a força de atrito é paralela ao apoio horizontal e para a direita, pois é sempre contrário ao movimento ou à sua tendência — R- E