Associação de molas
Duas molas 1 e 2 tem constantes elásticas k1 e k2, respectivamente. Podemos associá-las em série ou em paralelo. Em cada uma dessas associações podemos substituir as duas molas por uma única, que produza o mesmo efeito e que chamamos de mola equivalente de constante elástica ke.
Associação em paralelo
Nesse caso a deformação x sofrida por cada uma das molas é a mesma.
Quando deformadas de x, a mola 1 fica sujeita a uma força F1 = k1.x e a mola 2 a uma força F2 = k2.x.
A mola equivalente, quando submetida à mesma força F, sofre a mesma deformação x de modo que F = ke.x.
Observe
que F
= F1 +
F2
ke.x
= k1.x
+ k2.x
ke
= k1
+ k2.
Se
você tiver n
molas
Ke
= K1
+ K2
+ K3
+ .... Kn.
Associação em série
Nesse caso as molas 1 e 2 estão sujeitas à mesma força F e sofrem deformações diferentes x1 e x2.
Se
você tiver n
molas
1/Ke
= 1/K1
+ 1/K2
+ 1/K3
+ .... 1/Kn.
O que você deve saber, informações e dicas
A constante
elástica
é algo que define
a mola,
isto é, suas características
físicas
(maleabilidade,
maciez),
constantes
elásticas maiores tendem a ter uma rigidez maior.
Associação em série
Associação em paralelo
Na associação de
molas em série onde 1/ke =
1/k1 +
1/k2,
o valor de ke fica
bastante reduzido,
sendo que a mola
equivalente é menos rígida,
mais
deformável.
Se quisermos aumentar a rigidez da mola equivalente, torna-a menos deformável, devemos associar as molas em paralelo, onde ke = k1 + k2. É mais eficaz e ocupa menos espaço.
Você parte uma mola de constante elástica K em duas partes iguais, de modo a obter duas molas idênticas.
Cálculo
da constante
elástica K’ de cada pedaço
que é diferente
de K,
pois apesar do material ser o mesmo, o número
de espiras diminui:
A mola original de constante elástica K é composta das duas metades de constantes elásticas K’, associadas em série.
Na
associação
em série 1/K = 1/K’ + 1/K’
1/K = 2/K’
K’
= 2K
(a
rigidez de cada metade fica o dobro da constante da mola original,
tornando-as menos deformáveis).
Se você associar cada uma dessas metades de (K’ = 2K) em paralelo você obterá uma mola de
constante
elástica equivalente Ke,
tal que Ke
= K’ + K’
= 2K + 2K
Ke
= 4K
(a
rigidez da mola equivalente da associação paralelo dessas duas
metades fica quatro vezes maior que o da constante da mola original,
tornando a mola equivalente menos deformável).
Exercícios de vestibulares com resolução comentada sobre
Associação de molas
01-(MACKENZIE-SP) Uma mola helicoidal de massa desprezível está presa pela extremidade A, a uma parede rígida e, na extremidade B, encontra-se preso um corpo de massa m, conforme mostra a figura 1. Quando o conjunto oscila livremente na direção da reta horizontal AB, perpendicular à parede, constitui-se um oscilador harmônico de período T. Se dispusermos de duas molas idênticas à anterior e as fixarmos conforme a figura 2, ao constituirmos um oscilador harmônico, com a oscilação do mesmo corpo de massa m, segundo a mesma direção AB, seu respectivo período será:
figura
1
figura
2
02-(UFB) Uma massa M=(20/9)kg, encontra-se suspensa ao conjunto de molas ilustrado na figura abaixo. Suas constantes elásticas são k1 = k2=30N/m.
a) A constante elástica total equivalente do conjunto.
b) A freqüência de oscilação do conjunto. (adote p =3)
03-(ITA-SP) Um sistema massa-molas é constituído por molas de constantes k1 e k2, respectivamente, barras de massas desprezíveis e um corpo de massa m, como mostrado na figura.
Determine a freqüência desse sistema.
04-(UFB) A mola helicoidal (figura 1), de constante elástica k=12N/m, foi partida em 3 partes iguais. Em seguida, essas 3 partes foram associadas em paralelo (figura 2) e em série (figura 3).
figura
1
figura
2
figura
3
As massas das figuras 2 e 3 são iguais e valem 100g. Adote g=10m/s2 e determine:
a) a constante elástica de cada parte.
b) o período de oscilação do conjunto quando as três molas estão associadas em paralelo.
c) o período de oscilação do conjunto quando as três molas estão associadas em série.
05-(PUC-SP) Na figura abaixo, as três molas ideais 1, 2 e 3 são idênticas e possuem a mesma constante elástica de valor 0,1N/cm e as massas também são idênticas e de mesmo valor (10g).
Inicialmente, o conjunto está em equilíbrio e as molas estão em seu comprimento natural (20cm cada uma). Em seguida, retira-se o suporte S e cada mola se distende até que o conjunto adquira novamente o equilíbrio.
Após o novo equilíbrio, determine: (g=10m/s2)
a) deformação de cada mola.
b) o comprimento de cada mola
c) a deformação total do conjunto
Resolução comentada dos exercícios de vestibulares sobre
Associação de molas
1- Período T da mola da figura 1 --- T = 2π√m/k
Como as molas estão associadas em paralelo, a constante elástica da mola equivalente, que, substituindo as duas produz o mesmo efeito será ke = k + k --- ke =2k e seu período será T’ = 2π√m/2k --- T’ = 2π√m/k.1/√2.
T/T’ = √2 --- T’ = T/√2 --- racionalizando --- T’= T√2/2 Resposta C
2-
a) Como as duas molas de constantes k2 estão em para, a mola equivalente terá constante ke1 =30 + 30 = 60N/m. Então teremos:
As duas molas acima estão em série, então a mola equivalente terá constante ke, dada por: 1/ke = 1/60 + 1/30 --- ke = 20N/m,
que é a constante elástica total equivalente do conjunto.
b) T = 2p√m/k --- T = 2p√20/9 /20 --- T = 2.3.1/3 --- T=2s --- f=1/T --- f=0,5Hz
3-
As 3 molas de constantes k2 estão em paralelo e serão substituídas por uma única mola de constante ke1=3k2.
As duas molas de constantes k1 também estão em paralelo e serão substituídas por um única mola de constante ke2=2k1
Então, teremos:
A mola resultante das duas acima, que estão em série, terá ke, tal que: 1/ke = 1/3k2 + 1/2k1 --- 1/ke = 2k1 + 3k2 / 6k1.
Ke = 6k1.k2 / 2k1 + 3k2
O período desse sistema vale --- T = 2pÖm/6k1.k2 / 2k1 + 3k2 --- T = 2pÖm(2k1 + 3k2)/6k1.k2
F = 1/T = 1/2p√6k1.k2 / m(2k1 + 3k2)
4-
a) A mola inteira (mola equivalente) tem constante elástica k’=10N/m sendo que 1/k’= 1/k + 1/k +1/k, onde k é a constante elástica de cada parte.
1/k’=3/k --- 1/12 = 3/k --- k =36N/m
b) Paralelo --- ke=36 + 36 +36 --- ke=108N/m --- T=2π√m/ke --- T=2π√0,1/108 --- T = 6.10-2.π s
c) Série --- ke=12N/m --- T=2π√m/ke --- T=2π√0,1/12 --- T= 18.10-2.π s
5-
a) Peso de cada massa --- P=mg --- P=0,01.10 --- P=0,1N. Como as molas são ideais, suas massas são desprezíveis.
Observe que a mola 1 está sujeita à força F=0,3N (são as 3 massas que estão deformando-a)
F1=k1.x1 --- 0,3=0,1.x1 --- x1 = 3cm
A mola 2 está sujeita à F=0,2N (apenas duas massas estão deformando-a)
F2=k2.x2 --- 0,2=0,1.x2 --- x2= 2cm
Mola 3 --- F3=k3.x3 --- 0,1=0,1.x3 --- x3= 1cm
b) mola 1 – L1= 23cm
mola 2 – L2= 22cm
mola 3 – L3= 21cm
c) 6 cm