Resolução comentada do ENEM 2017

Resolução comentada das questões de FÍSICA (e de algumas de Matemática relacionadas com Física) do

ENEM-MEC-2017

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Como, pelo enunciado, numa colisão frontal a força que o cinto de segurança exerce sobre o tórax e abdômen do motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos, a intenção é diminuir essa força de maneira que o cinto não agrida o motorista, apenas o segure de forma uniforme com a menor força possível para não machuca-lo.

Pela segunda lei de Newton FR = m.a e, como a massa é constante à menor força resultante sobre o boneco corresponde àquela que produz a menor desaceleração sobre o mesmo.

Assim, no gráfico, a curva que satisfaz é a do cinto 2, que produz menor aceleração e de maneira mais contínua que as outras correndo menor risco de lesionar o motorista.

R- B

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Para se obter boa iluminação como deseja o arquiteto você deve procurar maior quantidade de intensidade emitida (área cinza) que que estão dentro das linhas pontilhadas, mais sensíveis, perceptíveis ao olho humano, que é o caso da LED.

Além disso, a LED fornece muito pouca intensidade na faixa do infravermelho (IF), que emite calor, não aquecendo o ambiente, conforme desejo do arquiteto. Por esse motivo as lâmpadas de tungstênio e xênon devem ser evitadas (ampla região de infravermelho).

Observe ainda que as lâmpadas de Mercúrio e de Haleto metálico possuem regiões na parte visível, mas não tão amplas quanto às da LED.

R- E

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Quando um sinal diminui sua intensidade para valores inferiores a 10 dB, este precisa ser retransmitido.

e intensidades superiores a 100 dB não podem ser transmitidas adequadamente.

Assim, a faixa de intensidade sonora em que a linha pode operar, sem retransmissão, está compreendida entre 100 dB – 10 dB = 90 dB.

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Veja nas figuras que as usinas eólicas quando funcionando produzem diretamente eletricidade e, ao mesmo tempo produzem hidrogênio que é armazenado em setores específicos da estação.

No curto período de ausência de ventos, quando a eletricidade não é produzida diretamente o abastecimento de energia elétrica continua, pois a estação possui biogás armazenado que, misturado com o hidrogênio, em uma reação química de combustão libera calor.

Esse calor liberado, como numa usina termelétrica, é utilizado para transformar a água em vapor que gira as turbinas que transformarão energia térmica em mecânica provocando o movimento das turbinas.

Essa energia mecânica aciona os geradores que a transformam em energia elétrica que é enviada às redes de distribuição.

R- B

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Basta analisar o gráfico e o enunciado:

Pelo enunciado, para evitar que outros tecidos sejam danificados, selecionam-se comprimentos de onda que são absorvidos pela melanina (entre 400 nm e 1100 nm) presente nos pelos, mas que não afetam a oxi-hemoglobina do sangue (nulo em 700 nm) e a água (nula inferior a 900 nm) dos tecidos da região em que o tratamento será aplicado. Conclusão, 700 nm.

R- B

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Já que podemos desprezar o atrito com o ar podemos considerar o sistema como conservativo e aplicar o princípio da conservação da energia mecânica aplicando-o o durante qualquer ponto trajeto e considerando a energia mecânica como constante durante todo o trajeto.

O referencial adotado é a posição de equilíbrio da lona onde h = 0.

Essa função da energia cinética em função de h é do segundo grau e o gráfico é uma parábola com concavidade para baixo, pois o termo que antecede h2 é negativo.

Observe ainda que, quando h = hmín a energia cinética é nula Ec = 0 (ele para, V = 0).

R- C

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Vamos analisar apenas a parte inferior do circuito onde circulam as correntes i, i1 e i2, já que com

apenas esses dados é possível calcular a tensão U pedida.

Observe que o trecho que possui o resistor de R2 = 120 Ω é percorrido pela corrente i2 = 500 mA = 0,5 A (corrente nominal suportada pelo fusível).

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Quando o trajeto ADC é igual ao trajeto AEC (mesma diferença de caminho) capta-se um som muito intenso na saída o que indica que a interferência é construtiva e a fonte emitiu ondas em direções opostas mas em concordância de fase.

Quando se aumentou gradativamente o trajeto ADC até que fique como mostrado na figura a intensidade do som na saída fica praticamente nula e aí você tem a primeira interferência destrutiva.

Na situação da figura fornecida observe que o trecho AD é 10 cm maior que o trecho AE e que o trecho DC é 10 cm maior que o trecho EC, o que implica que o caminho que a onda percorre no trajeto ACD é 20 cm maior que o caminho que a onda percorre no trajeto AEC.

Isso significa que a diferença de caminho entre uma interferência construtiva e a destrutiva sucessiva é de d2 – d1 = 20 cm = 0,2 m.

Como na saída o som é praticamente nulo, aí você tem interferência destrutiva, cuja teoria está a seguir:

O primeiro mínimo corresponde a n = 0 d2 – d1 = (2n +1). 0,2 = (2.0 + 1). 0,2 = 1.
= 0,4 m.

Utilizando a equação fundamental da ondulatória com a velocidade do som no interior do tubo V = 320 m/s  = 0,4 m V = .f 320 = 0,4.f f = f = 800 Hz.

R- C

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inércia de um corpo depende de sua massa, pois para acelerar ou frear um ônibus devemos aplicar uma força maior que aquela que usamos para acelerar ou frear um carro.

Assim, quanto maior a massa de um corpo, maior será sua inércia.

Um corpo em movimento circular como, por exemplo, uma pedra presa a um fio, tem, em cada ponto, o vetor velocidade sempre tangente à trajetória.

Se você cortar o fio, a pedra, por inércia, tenderá a manter direção e o sentido do vetor velocidade e sairá pela tangente.

Então, quando a centrífuga gira em alta velocidade ela faz com que a substância mais densa (maior massa, mesmo volume), de maior inércia tenha maior tendência de “sair pela tangente” indo mais para o fundo do recipiente.

Portanto, nesses aparelhos, a separação das substâncias ocorre em função das diferentes densidades.

R- A

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A resistência elétrica do chuveiro, quando aquecida, transforma integralmente energia elétrica (Welétrica) em energia térmica (calor Q) Welétrica = Q.

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O olho humano possui dois tipos de células responsáveis por nos fazerem enxergar: os cones e os bastonetes.

Os bastonetes são células que necessitam de pouca luz para serem sensibilizadas.  Entretanto não conseguem formar imagens coloridas ou nítidas. É por isso que a noite ou em locais escuro é muito difícil se distinguir cor.

Já os cones são sensibilizados com uma quantidade grande de luz e geram as imagens nítidas e coloridas. Existem 3 tipos de cones, os azuis, os vermelhos e os verdes

As cores vermelha, azul e verde são as 3 cores que nossos olhos captam.

Todas as outras cores que vemos são formadas a partir dessas 3 cores. Por isso essas 3 cores são consideradas as cores  primárias da visão e também da síntese aditiva de cor.

Assim, degeneração desse tipo celular (cones) irá comprometer a capacidade de visão em cores.

R- A

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Veja na figura e no esquema abaixo onde E = 10 000 V é a força eletromotriz do gerador, r sua resistência interna, Rh = 1 000 é a resistência corporal da pessoa e i = 0,01 A é a máxima corrente não letal através do corpo da pessoa.

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Se, ao fazer o gerador funcionar, o estudante obteve uma tensão máxima V e uma corrente de curto-circuito i, então a tensão máxima U é a força eletromotriz induzida do gerador, ou seja, V = .

Para n espiras a força eletromotriz induzida é fornecida por = n. = n. .

Para variar o fluxo magnético no interior da associação de espiras, podemos mudar o valor do campo magnético (B), da área (S), do ângulo de giro () ou o número de espiras (n).

Mas o enunciado pede também que, além de dobrar deve-se manter constante a corrente de curto circuito icc que é fornecida por icc = , onde r é a resistência interna devida às n espiras, o que só pode acontecer se você dobrar r.

Mas, pela segunda lei de Ohm a resistência r é fornecida por:

Como o exercício pede o dobro da d.d.p. induzida, sem mudar a corrente de curto-circuito icc, além de dobrarmos o fluxo , devemos dobrar também a resistência r do material. Isso pode acontecer através da mudança do material , do comprimento L ou da área S de seção do fio.

A única opção que satisfaz as duas condições ao mesmo tempo é dobrar o número n de espiras, o que dobra a d.d.p. e a resistência do material ao mesmo tempo, e que mantém a corrente de curto inalterada.

R- A

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Se até o encontro A se moveu durante 40 s e B durante 50s, então B partiu 10 s depois de A.

R- B

Ou, simples raciocínio: Se, quando eles se encontram A se moveu durante 40 s, então com a mesma velocidade, B se moveu durante (90 – 40 = 50 s) o que significa que B partiu 10 segundos depois de A

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Basta prestar atenção no enunciado que afirma que o número de voltas efetuadas pela roda traseira a cada pedalada é calculado dividindo-se a quantidade de dentes da coroa pela quantidade de dentes da catraca e, fazendo isso você obtém a tabela abaixo:

Você deve escolher a menor razão que é aquela em que a roda traseira percorre a menor distância para fazer o percurso o mais devagar possível, fornecida pela alternativa IV.

R – D

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Trata-se de um movimento circular uniforme (MCU) cuja equação da velocidade está definida abaixo:

Como o pivô deve efetuar uma volta completa a cada 25 h o período do pivô e de cada uma das torres que o acompanha em seu movimento é de T1 = T2 = T3 = 25h.

Se as distâncias entre torres consecutivas bem como da base à torre T1 são iguais a 50 m, você tem R1 = 50m, R2 = 100 m e R3 = 150m.

Torre 1 V1 = = = V1 = 12 m/h.

Torre 2 V2 = = = V1 = 24 m/h.

Torre 3 V1 = = = V1 = 36 m/h.

R- A

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Observe no gráfico que o reservatório A (bolinha) entre 8 h e 9 h possui volume de 30 000 L e que o

reservatório B do lado direito (setinha) também entre 8 h e 9 h possui volume de 30 000 L.

Então, eles contém a mesma quantidade de água durante (9 – 8) = 1 h.

R- A

 

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