Unesp 2017 – Meio do Ano – Resoluções

RESPOSTAS

01 – O exercício mesmo nos dá a direção que precisamos seguir, vamos utilizar a fórmula da densidade:

d =

Aonde:

d é a densidade

m é a massa

V é o volume

A massa é dada, porém falta o volume. Temos que modelar a moeda como se fosse um cilindro:

Volume do cilindro:

V = área da base X altura (a altura é a espessura e área da base é dada)

Nossa moeda V =

Substituindo na fórmula da densidade:

d =

O exercício fornece o diâmetro, então precisamos substituir o r por D (diâmetro). Sabemos que o diâmetro é metade do raio:

r =

Portanto o raio ao quadrado:

r² =

Temos então a fórmula final da densidade:

d =

O diâmetro é dado em mm passando para cm basta dividir por 10:

D = 2 cm

O mesmo para a altura ou espessura:

h = 0,22

Calculando (podemos deixar as medidas em gramas e cm³, visto que o resultado final está representado nessas medidas):

d =

d = 6,94 g/cm³ (alternativa D)

02 – Esse exercício assusta de primeira, mas vamos com calma. Vamos começar calculando quanto de energia será gerada pela combustão. Essa energia representa o quanto de energia que será consumida para se produzir a energia elétrica desejada. A gasolina libera 3,2.104 kJ/L, temos 5 L de gasolina, portanto:

3,2.104.5 = 16.104 kJ de energia total

Agora que sabemos a energia total e o exercício nos forneceu a energia convertida em elétrica, apenas precisamos calcular a porcentagem, ou seja, o rendimento:

rendimento =

Precisamos calcular a energia liberada. Como 1 kWh = 3,6.10³ kJ, então 8,6 kWh:

3,6.10³.8,6 = 30,96.10³ kJ = 3,096.104 kJ

Substituindo na equação do rendimento:

rendimento =

rendimento = = 19,35% (alternativa C)

03 – Nesse exercício precisamos apenas calcular a altura em ambos os casos e comparar:

Como explicado acima, o ponto de partida é zero e sua velocidade inicial também. Sendo assim a equação horária é reduzida para:

h =

Aonde:

h é a altura da queda (ou S que seria o deslocamento final)

g é a aceleração da gravidade

t é o tempo da queda

Calculando para a época de estiagem (t = 2 s):

Calculando o outro caso (t = 1,6 s):

h = h =

h = h = 12,8 m

Calculando a diferença:

20 – 12,8 = 7,2 m (alternativa B)

04 – É o exercício mais difícil até agora, vamos por partes:

Observando a imagem acima é preciso destacar algumas coisas. Para se manter a caixa parada na rampa é necessário uma força de intensidade igual à , porém com sentido contrário. Já que estamos em um plano inclinado com atrito, já temos uma força contrária ao a própria força de atrito.

Ou seja a força que o homem deve executar somada com a força de atrito devem ser iguais à :

=

Aonde:

F é a força exercida pelo homem

Fat é a força de atrito

Agora que sabemos dessa relação, podemos calcular a força de atrito no primeiro caso. Observe que o exercício nos forneceu F nesse caso, mas para calcularmos Fat ainda precisamos encontrar PP:

A imagem acima explica como encontrá-lo usando o triângulo retângulo. Esse sen é equivalente ao seno dado no plano. Substituinto na fórmula acima, aonde P é o peso da nossa caixa:

PP = P.sen

PP = 1000.0,6

PP = 600 N

Agora que sabemos PP, podemos calcular a força de atrito:

Fat = PP – F

Fat = 600 – 200

Fat = 400 N

Precisamos desse Fat para calcularmos o coeficiente de atrito da superfície, a fórmula é apresentada abaixo:

Aonde:

é o coeficiente de atrito

Isolando o coeficiente:

=

Substituindo:

=

Calculando:

= 0,5

Agora que encontramos o coeficiente de atrito podemos passar para o segundo plano, lembrando que esse coeficiente é o mesmo em ambos os casos visto que o material da rampa é o mesmo. Vamos começar pela força de atrito:

Fat = (nesse caso o cos é 0,6)

Substituindo:

Fat =

Calculando:

Fat =

Sabendo da força de atrito, só nos resta achar Pp:

PP = P.sen (nesse caso o seno é 0,8)

PP = 1000.0,8

PP = 800 N

Agora que sabemos as duas forças:

=

Isolando F:

F = PP – Fat

Substituindo:

F = 800 – 300

F = 500 N (alternativa E)

05 – Vamos analisar todas as afirmações:

A letra A de cara já é a correta, pois a energia cinética é máxima nos pontos onde a energia potencial é mínima, pois toda essa energia foi justamente transformada em cinética.

A B está errada porque como o ponto N está lozalizado em um ponto mais alto, ele possui uma energia potencial maior, pelo mesmo raciocínio apresentado na justificativa anterior. O mesmo raciocínio explica o motivo da afirmação C estar errada também.

Em D o correto seria a energia cinética é mínima, pois o movimento parte dele.

Em E a energia potencial é mínima, visto que a altura é mínima.

06 – Esse exercício apresenta a relação entre força,área e pressão de uma forma interessante. Vamos aos cálculos:

Como podemos ver pressão é a força exercida em uma determinada área. Sabemos que a área da janela oval é 14 vezes menor que a da membrana timpânica, sendo assim a pressão exercida deve ser 14 vezes maior, por a área e a pressão serem inversamente proporcionais. Agora observe também que a força exercida na janela oval é 1,5 vezes maior, como a força e a pressão são diretamente proporcionais, então temos que a pressão é:

14.1,5 = 21 vezes maior (alternativa D)

07 – Para esse exercício precisamos da fórmula a seguir:

Substituindo na fórmula:

=

Isolando P´:

=

Calculando:

=

Ou seja:

P´ = 120 cm

Para que a imagem seja refletida de forma visível na caixa o espelho deve se encontrar na metada da distância aonde quer se projetar a imagem e sua imagem, portanto o espelho deve ser localizado 60 cm após a placa de madeira. Essa relação se dá justamente por questões de simetria, visto que o espelho reflete exatamente a imagem.

08 – Para conseguirmos resolver exercício precisamos encontrar a equação que é responsável por esse gráfico. Precisamos de uma relação que expresse P em função de U:

Como podemos perceber a potência é proporcional ao quadrado do diferencial, sendo assim o gráfico deve ser uma parábola, excluímos as alternativas B, D e E. Como é uma relação diretamente proporcional, então quanto maior o P, maior o U. Sendo asssim a alternativa correta é a C.

09 – Apenas precisamos calcular os dois casos e compará-los.

Isolando o tempo:

=

Substituindo:

= =

Calculando:

= =

= = 0,25

Calculando a diferença de tempo:

=

Transformando em min (multiplicando por 60):

4,2 min = 4 min 12 segundos (alternativa E)

10 – Para encontrarmos a velocidade angular primeiro precisamos encontrar o número de rotações por segundo (frequência). Como temos rotações por minuto, basta então dividir por 60:

f = = 5 voltas/s = 5 Hz

Como cada volta tem o valor de 2, então: (essa forma é similar à = )

5. 2 = 10 rad/s (velocidade angular)

Como = 3:

10 rad/s = 30 rad/s (velocidade angular)

Abaixo segue uma relação entre velocidade angular e escalar:

Observe que para obtermos a velocidade escalar a partir de basta multiplicar pelo raio (V = ), o que faz todo o sentido, já que na angular só é considerado o número de voltas, então para se obter a distância basta multiplicar esse número de voltas (2) pelo tamanho (r), formando (2 que é o raio do círculo.

Multiplicando a velocidade angular por r:

V = 30.1,2 = 36 m/s (velocidade escalar)

Para encontrarmos a potência total, aquela que o vento exerce na pá para que ela gire gerando energia elétrica, precisamos da relação abaixo. Essa potência é importante para encontrarmos a quantidade de energia cinética que o vento exerce na pá:

Aonde:

é o rendimento

Pu é a potência gerada

Pt é a potência utilizada para gerar Pu

Isolando Pt:

Pt =

Substituindo:

Pt =

Calculando:

Pt = 2500 W

Ou seja, foram necessários 2500 W de potência originada pelo fluxo do vento para gerar 1500 W de potência elétrica. Agora que sabemos a potência precisamos encontrar a energia cinética, para isso:

Aonde:

P é a potência

W é o trabalho, também pode ser usado E de energia

t é a variação de tempo

Utilizando energia ao invés de trabalho e isolado-a:

E = P.t

Substituindo:

E = 2500. (já que estamos calculando para um minuto)

Calculando:

E = 150000 J = 1,5.105 J (Energia cinética originada do vento)

11 – Para calcularmos a temperatura final precisamos primeiro do volume final. Podemos calcular visto que sabemos que o o êmbolo se deslocou 10 cm:

Volume inicial = 6.10-3

Volume final = Volume inical + (volume com 10 cm de deslocamento)

Passando 10 cm para metros (dividir por 100):

10 cm = 0,1 m

Calculando o :

= área interna X deslocamento

Substituindo:

= 2.10-2.0,1

Calculando:

= 2.10-3

Agora calculando o volume final:

Volume final = 6.10-3 + 2.10-3

Volume final = 8.10-3

Sabendo o volume final podemos utilizar a fórmula a seguir, já que se trata de um gás ideal:

Aonde:

Pi e Pf é a pressão inicial e final

Vi e Vf é o volume inicial e final

Ti e Tf é a temperatura inicial e final

Como é uma expansão isobárica (pressão constante) podemos cortar a pressão em ambos os lados, restando apenas:

=

Substituindo:

=

Isolando a temperatura final:

Tf =

Calculando:

Tf = 400 K (temperatura final)

Achamos a temperatura, agora vamos para a segunda parte do exercício. Para calcularmos a quantidade de calor vamos utilizar a primeira lei da termodinâmica. Como se trata de uma transformação isobárica:

Como a pressão é constante o nosso trabalho só depende da variação do volume:

W = P.

Substituindo. Nós calculamos a variação anteriormente (2.10-3):

W = 2.105. 2.10-3

Calculando:

W = 4.102 J

O exercício já nos forneceu a variação de energia interna (600 J). Vamos então substituir na equação da primeira lei:

= Q – W

Isolando a quantidade de calor:

Q = + W

Substituindo:

Q = 600 + 400

Calculando:

Q = 1000 J (quantidade de calor)

12 – Esse exercício assusta, mas na verdade ele é mais fácil que parece, vamos aos poucos. Primeiramente ele pergunta a intensidade média, que não é nada mais que a quantidade de carga transferida em determinado tempo:

Substituindo. Lembre-se que o tempo está em ms = 1.10-3 s, portanto 200 ms = 0,2 s:

i =

Calculando:

i = 150 A (intensidade média)

Já calculamos a intensidade média. Agora vamos para a segunda parte do exercício. Precisamos primeiramente calcular quanto de energia será fornecido por esse raio (Energia total):

Ou seja:

W = Q.U ou E = Q.U (No caso o trabalho é a variação de energia, como a energia se mantém constante durante o raio então W = E)

Substituindo:

E = 30.1,8.108

E = 54.108 J

Agora que sabemos a energia total precisamos calcular a energia de cada bateria, vamos utilizar o mesmo procedimento. A bateria tem uma carga de 50 A.h, como 1 hora = 3600 s:

QBateria = 50.3600 = 180000 J (carga total da bateria)

Sabendo a carga, podemos substituir na equação:

EBateria = QBateria.UBateria

EBateria = 1,8.105.10

Calculando:

EBateria = 1,8.106 J (energia total de cada bateria)

Como sabemos a energia total e a de cada bateria, basta dividir uma pela outra e encontrar o número de baterias possíveis:

= 3.10³ baterias (número de baterias totalmente carregadas)

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