Resolução comentada dos exercícios de vestibulares sobre Física Térmica

Resolução comentada dos exercícios de vestibulares sobre

Física Térmica

 

 

 

01- Quando a temperatura for de T=185oC — 185=160.2-0,8t + 25 — 160=160.2-0,8t — 160/160=2-0,8t — 1=2-0,8t — 20=2-0,8t — 0,8t=0 — t=0 (quando T=185oC, começou a contagem do tempo) — quando a temperatura for de T=65oC — 65=160.2-0,8t + 25 — 40=160.2-0,8t — 40/160=2-0,8t — 1/4=2-0,8t — 2-2=2-0,8t — 0,6t=2 — t=20/8=2,5min — R- C

 

02- Observe no gráfico que, quando C=0oC, X=25oX e que, quando C=10oC, X=85oX.

Equação de conversão:

Pode-se transformar uma indicação de uma escala para outra conforme o procedimento a seguir, de acordo com a relação matemática baseada no teorema de Thales:

Calor específico (sensível da liga metálica — Cl=0,1cal/(g.oX) — observe que, para cada variação de 10oC (10 – 0) na Celsius,ocorre uma variação de 60oX (85 – 25) na escala X.

Regra de três:

Portanto cl = 0,1o g/(cal.oX)=0,1 cal/g.(1/6)oC — cl=0,6 cal/goC

Qa + Ql = 0 — 100t – 2000 + 120t – 9000 = 0 — t=11000/220 — t=50oC.

03- I. Correta

Máquina 1 — temperatura da fonte fria em graus kelvin — Tf=227 + 273=500K — temperatura da fonte quente em graus kelvin — Tq=527 + 73=800K — o rendimento η de uma máquina de Carnot, em função da temperatura absoluta é fornecido por η1= 1 – Tf/Tq = 1 – 500/800= 1 – 5/8=3/8 — η1=0,375=37,5% — η1=37,5% Máquina 2 — temperatura da fonte fria em graus kelvin — Tf=227K — temperatura da fonte quente em graus kelvin — Tq=527K — o rendimento η de uma máquina de Carnot, em função da temperatura absoluta é fornecido por η2= 1 – Tf/Tq = 1 – 227/527=0,57 — η2=57% —

portanto η2 > η1

II. Falsa

É fornecido o trabalho realizado pela máquina 1 — W=2000J — rendimento da máquina 1, calculado em I — η1=0,375 — deve-se determinar a quantidade de calor Qq que a máquina recebe da fonte quente — a expressão que relaciona essas grandezas é — η1=W/Qq — 0,375=2000/Qq — Qq=2000/0,375≈5333,3J — esse valor é diferente de 6000J.

III. Correta

É fornecido que a máquina 2 retirou 4000J da fonte quente — Qq=4000J — rendimento da máquina 2 calculado em I — η2=0,57 — η2=W/Qq — 0,57=W/4000 — W=2280J — utilizando a relação a seguir — Qq= W + Qf — 4000=2280 + Qf —Qf=1720J.

IV. Falsa

Observe na expressão η = 1 – Qf/Qq que, para uma mesma quantidade de calor retirada da fonte quente, ou seja, para um mesmo Qq, o rendimento η e a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria Qf são inversamente proporcionais — sendo η2> η1, Qf2 será menor que Qf1.

R- B.

 

04- Pelo enunciado, durante o processo de varredura ocorre a formação de uma película de água líquida entre a pedra e a pista, ou seja, está havendo uma fusão, uma passagem do estado sólido para o líquido.

Assim, a transformação promovida pela varredura é a de número 1.

 

05- Dados — Lo=5m — α=10-5 oC-1 — to=20oC — no dia mais quente do verão t=40oC o bloco se dilatará de ΔL=Lo.α.(t – to)=5.10-5.(40 – 20)=100.10-5=10-3m — ΔL=10-3.102=0,1cm — para que no dia mais quente do verão a distância deva ser de 1,0cm você deve resguardar, prever, uma distância de 1,0 + 0,1=1,1cm.

R- B

 

06-Se uma placa metálica com orifício for aquecida, verifica-se que o orifício aumenta, como se

fosse constituído pelo material da placa, pois tudo se passa como se o furo tivesse um coeficiente de dilatação superficial igual àquele da substância da placa. 

Como o diâmetro interno é metade do externo, se o externo se dilata de Δd, o interno se dilatará de Δd/2.

R- D

 

07- ΔL=Lo.α.(t – to)=50.1,2.10-5.(45 – 5)=2400.10-5=0,024m=2,4cm (dilatação do trilho) — o novo espaçamento será — d=4,4 – 2,4=2,0cm.

R- E

 

08- Para cada (14 – 2)=12cm a temperatura sobe de (46 – 34)=12oC, donde você conclui que para cada 1 cm corresponde uma variação de 1oC.

Observe na figura acima que, quando a temperatura passou de 34oC para T, a coluna de mercúrio sofreu uma elevação de 6cm=6oC e, assim, a temperatura T será de T=34 + 6=40oC.

R- D

 

09- Você vai misturar V água fervida (100oC) com (15L- V) de água a 20oC para obter água a 27oC — V.c.(27 – 100) + (15 – V).c.(27 – 20) = 0 — – 73V + 105 – 7V = 0 — V=1,3L.

Regra de três — 15L – 100% — 1,3L – P — P=130/15=8,7%.

R- D

 

10- Observe na figura abaixo que Δθ=30ºC=π/6 rad e que Δθ=ΔL/R — π/6 = ΔL/0,3 — ΔL=0,3π/6=

0,1π/2 — ΔL=0,05π — ΔL=5.10-2π m.

Da equação fundamental da calorimetria — ΔL=Lo.α.ΔT — 5.10-2π = 2.5π.10-4.ΔT — ΔT = 5.10-2 =

10-3 — ΔT = 50K.

ΔT = T – To — 50 = T – 298 — T= 348K – 273=75oC.

R- B

 

11- Uma dada porção de ar ocupa um volume V numa determinada temperatura T  —  o exercício fornece  —  pressão parcial do vapor de água  —  Pvapor=3.103Pa  —  pressão do ar (pressão atmosférica  —  Patm=1.105Pa  —  sendo os gases ideais você pode aplicar  —  P.V=n.R.T  —  sendo  —  P (pressão); V (volume); n (quantidade de moléculas); R (constante) e T (temperatura absoluta)  —  para o vapor de água  —  Pv.V=nv.R.T  —  3.103.V = nv.R.T (I)  —  para o ar atmosférico  —  Par.V=nar.R.T   —  1.105.V=nar.T (II)  —  (I)/(II)  —  3,103V/1.105=nV.R.T/nar.R.T  —  3.103/1.105=

nV/nar  —  é pedido nv/nar=3.103/1.105  —  porcentagem= nv/nar=3.10-2=0,03×100  —  porcentagem=3%  —  R D.

 

12- Se você não domina a teoria, ela está detalhada a seguir:

Princípio das trocas de calor

 Colocando vários corpos a diferentes temperaturas no interior de um recipiente adiabático, haverá trocas de calor entre eles, até atingirem o equilíbrio térmico. Assim , como o recipiente é adiabático, a quantidade de calor cedida pelos corpos mais quentes é igual à quantidade de calor recebida pelos mais frios: Princípio da Conservação da energia.

Como a quantidade de calor recebida é positiva e a recebida é negativa, tem-se que  —  Q1 + Q2 + Q3 + ….+ QN = 0  ou

 M1.c1.(t – t01) + m2.c2.(t – t02) + m3.c3.(t – to3) + … + mN.cN.(t – t0N) = 0

 Calorímetros –  são recipientes adiabáticos onde se estuda as trocas de calor entre corpos que

são colocados em seu interior. Normalmente utiliza-se o calorímetro para se medir o calor específico de um corpo de massa (mc), mergulhando-o no interior do calorímetro, onde se tem água de massa (ma), um termômetro e um agitador de líquido. Aquece-se o corpo cujo calor específico você deseja determinar e o introduz na água do calorímetro. Agita-se o sistema, espera ser atingido o equilíbrio térmico (te) que é medida. Conhecendo as temperaturas iniciais da água e do corpo e o calor específico da água, determina-se o calor específico (cc) do corpo pela expressão  —  mc.cc.(te – toc) + ma.ca.(te – toa) = 0.

No caso do exercício, observe que o calorímetro e a massa de 100g de água a 2oC que já estavam em seu interior não vão influir nas trocas de calor já que as temperaturas inicial e final são iguais (20oC)  —  assim, os 200g de água a 100oC devem passar para a água a 20oC quando misturados com uma massa m de água a 0oC, que também deve passar para 20oC  —  Qcedido + Qrecebido=0  —  200.1.(20 – 100) + m.1.(20 – 0) = 0  —  16000 = 20m  —  m=800g  —  R- B.   

 

13- Nos próximos 50 anos (5 décadas) de acordo com os mareógrafos o aumento do nível global dos mares e oceanos será de 5.(1,7cm)=8,5cm  —  nos próximos 50 anos (5 décadas) de acordo com os altímetros-radares o aumento do nível global dos mares e oceanos será de 5.(3,1cm)=15,5cm  — então, o nível das águas dos mares e oceanos deverá subir entre 8,5cm e 15,5cm  —  R- A.

 

14- Em Santos, ao nível do mar, a pressão atmosférica é maior do que em La Paz (maior altitude), onde também é maior a concentração de O2por volume de ar inspirado  —  para compensar esses dois fatores, os atletas que moram em locais de altitude elevada (por exemplo, La Paz) acabam apresentando uma maior quantidade de hemácias no sangue, o que justifica um melhor desempenho deles, quando o jogo ocorre em locais mais altos  —  porém, ao nível do mar, a quantidade de hemácias presente no sangue do atleta que mora nessas regiões é suficiente para levar, aos tecidos, o O2 necessário para a atividade física. 

R- E.

 

15- Numa situação você esta movimentando o ar externo (menos ar, que é expelido com maior pressão) na outra o ar vem do interior do seu sistema respiratório, portanto mais aquecido (mais ar, expelido com menor pressão)  —  R- E.

 

16- Trata-se apenas de uma mudança de estado (fusão a 0oC)  —  Q=m.LF=3.10.80=2400=2,4.103cal  —  R- E.

 

17- Trata-se do Primeiro Princípio da Termodinâmica ou Princípio da Conservação da energia que afirma que: “A energia não pode ser criada nem destruída, mas apenas transformada”

Suponha que um sistema isolado receba 300J de calor. Se, por exemplo, 50J dessa energia forem absorvidos pelo sistema, então a parte restante, 250J, será fornecida ao ambiente sob a forma de trabalho.

Então, Q= W + ΔU ou,

A expressão acima é a representação matemática do primeiro princípio da termodinâmica.

R- C.

 

18- A) Q=m.c.(θ – θo)=10.1.(100 – 25)=750kcal.

B) lenha  —  regra de três  —  1kg – 2500kcal  —  3kg – QL  —  QL=2500×3=7500kcal  —  GLP  —  regra de três  — 1kg – 12000kcal  —  0,125kg – Q’  —  Q’=0,125×12000=1500kcal

C) EL=750/7500=0,1=10%  —  EGLP=750/1500=,5=50%.

 

19- Expressão da dilatação linear  —  ∆L=Loα∆θ  —  ∆L/∆θ=Loα  —  sendo as duas retas paralelas a tangente do ângulo θ entre as duas é a mesma  —  tgθ=∆LB/∆θ=∆LA/∆θ  —  ∆LB = ∆LA  —  LoBB = LoBB  —  2LαB = LαA  —  αAB=2. 

R- A.

 

20- a) Falsa  —  C/5 = (F – 32)/9  —  quando eles indicarem valores iguais C=F=x  —  x/5 = (x – 32)/9  —5x – 160 = 9x  —  x=F=C= -40oC (quando a Celsius indicar – 40oC a Fahrenheit indicará também – 40oF).

b) Falsa  —  veja (a).

c) Correta  —  ∆C/5 = ∆F/9  —  5∆F=9∆C  —  ∆F=1,8∆C  —  a uma variação de 1o na escala Celsius corresponde uma variação de 1,8o na escala Fahrenheit.

d) Falsa  —  a altura da coluna líquida é a mesma para os dois termômetros, pois se trata do mesmo líquido e, portanto, para a mesma variação de temperatura sofrem a mesma dilatação volumétrica.

R- C.

 

21- Leia abaixo o processo de transferência de calor por condução:

Condução térmica 

O calor é conduzido de um ponto a outro do corpo sem que haja deslocamento das partículas.

Explicando microscopicamente o fenômeno: a região próxima da chama tem o movimento vibratório de suas moléculas aumentado, adquirindo assim maior energia cinética, que é transferida através de choques às partículas vizinhas, que também aumentam seu movimento vibratório. Através desse transporte de energia, toda a barra é aquecida, pois os

 metais são bons condutores de calor  —  maneira que este tipo de cooler refrigera o processador segue um princípio bem simples: o calor gerado pelo processador é transferido devido à diferença de temperaturas entre eles, para o metal do cooler por condução, que ao mesmo tempo é resfriado pela corrente de ar trazida pela ventoinha, provocando nova transfência de calor do processador para o cooler e assim sucessivamente  —  vale ressaltar que a condução de calor do processador para o metal é potencializada por uma pasta térmica especial para este tipo de situação.
R- C.

 

22- Pelos dados você pode observar que no final haverá água líquida à temperatura t  —  calor cedido por m=10g de gelo a -10oC até água a t  —  Q1=m.cgelo.(t – to) + m.L + m.cágua.(t – to)=10.0,5.{0 – (-10)} + 10.80 + 10.1.(t -0)  —  Q1=10t + 850  —  calor cedido por 90g de água para a 50oC até chegar a água a t  —  Q2=mcágua.(t – to)=90.1.(t – 50)  —  Q2=90t – 4500  —  Q1 + Q2=0  —  10t + 850 + 90t – 4500 = 0  —  100t=3650  —  t=36,50oC  —  R-C.

 

23- Cilindro na vertical  —  volume inicial Vo=3L=3.10-3m3 —  área de seção transversal S=20cm2=20.10-4m2=2.10-3m2 — pressão=força (no caso o peso do êmbolo)/área  —Pr=P/S=52/2.10-3 

—  Pr=26.103N/m2  —  com o cilindro na vertical a pressão total sobre o gás será  —  Pt=Pr + Patm=26.103 + 1.103  —  Pt=27.103N/m2  —  cálculo do volume final V  —  pelo enunciado trata-se de uma transformação isobárica (pressão constante)  —  Po.Vo/To = P.V/T  — 

Vo/To = V/T  —  3.10-3/573 = V/673  —  V=673×3.10-3/573  —  V=2019.10-3/573  —  V=3,52.10-3m3  —  o trabalho realizado pelo gás ideal numa transformação isobárica é dado por Wv=Pt.∆V=27.103(3,52.10-3 – 3,00.10-3)= 27.103x 0,52.10-3  —  Wv=14,04J  —  cilindro na horizontal  —  agora não tem mais o peso do êmbolo e a pressão exercida no

êmbolo é a atmosférica  —  Patm=1.103N/m2  —  sendo a transformação isobárica, a variação de volume ∆V é a mesma que a do cilindro na vertical  —  ∆V=0,52.10-3m3  —  Wh=Patm.∆V=1.103x0,52.10-3  —  Wh=0,52J  —  é pedido ∆W = Wv – Wh=14,04 – 0,52  —  ∆W=13,52J  —  R- C.

 

24- a) Trata-se do calor específico (sensível), pois a temperatura está aumentando o que significa que não ocorreu mudança de estado.

b) Substância B  —  enquanto a temperatura variou de 20oC a 30oC, a substância B recebeu QB=2.103cal  —  equação fundamental da calorimetria  —  QB=m.cB.∆T  —  QB=m.cB.(T – To)  —  2.103=400.cB.(30 – 20)  —  cB=2.103/4.103  —  cB=0,5 cal/goC.

Substância A  —  enquanto a temperatura variou de 20oC a 25oC, a substância A recebeu QA=2.103cal  —  equação fundamental da calorimetria  —  QA=m.cA.∆T  —  QA=m.cA.(T – To)  —  2.103=400.cA.(25 – 20)  —  cA=2.103/2.103  —  CA=1,0 cal/goC.

A substância A possui maior calor específico

c) Potência=energia/tempo  —  Po=W/T  —  400cal/min=W/30  —  W=12000cal  —  W=12.103cal  —  W=Q=12kcal  —  Q=m.cA.∆T  —  12.103=400.1.(T – 20)  —  T=50oC  —  se a enzima chegar a valores muito elevados de temperatura que variam para cada organismo, em média 45°C a 50°C, as enzimas sofrerão um desenrolamento de sua estrutura, perdendo suas propriedades biológicas  —  esse processo é chamado de desnaturação enzimática.

 

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